O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe/Uerj) possui em seu DNA o pioneirismo, a inovação e a excelência. Mais uma vez, essa vocação ficou evidente. Uma cirurgia fetal cardíaca (valvoplastia pulmonar intra-uterina), realizada, na quinta-feira, dia 10 de abril, em uma gestante encaminhada pelo Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, permitiu a sobrevivência de um feto de, aproximadamente, 23 semanas. A primeira desta natureza, com êxito, no Estado do Rio de Janeiro.
A gestante foi encaminhada ao Hupe/Uerj com o feto apresentando estenose valvar pulmonar crítica e disfunção grave de ventrículo direito, com sinais de fibroelastose sem sinusóides, para ser avaliada quanto à possibilidade de procedimento intra-uterino. O caso, extremamente grave, foi avaliado inicialmente pela equipe de Ecocardiografia Fetal, Medicina Fetal e Hemodinâmica.
Após análise criteriosa, foi então decidido se realizar a valvoplastia pulmonar intra-uterina. O procedimento reuniu equipe multidisciplinar do Hupe (Medicina Fetal, Hemodinâmica, Ecocardiografia Fetal, Neonatologia, Anestesia, Obstetrícia e Enfermagem) no centro cirúrgico obstétrico. O objetivo deste evento foi tornar este ventrículo direito capacitado a exercer sua função após o nascimento.
E o procedimento ocorreu com pleno êxito para gestante e o feto, sem intercorrências com dilatação valvar. O caso segue acompanhado pela Medicina Fetal e Cardiologia Pediátrica do hospital.
Este procedimento realizado envolve avanços significativos na reflexão e estudos sobre diagnóstico e tratamento de cardiopatias congênitas ainda na gestação, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e as chances de sobrevivência de bebês com problemas cardíacos.
O médico Sergio Alexandre Pereira, da Cardiologia Fetal e Pediátrica, reforça, em nome da equipe multidisciplinar envolvida, que esta cirurgia de êxito, além de inovadora, evidencia a excelência profissional do Hupe/Uerj. E que, com mais investimentos em recursos humanos, este procedimento poderá ser melhor desenvolvido. “Aumentar os recursos humanos para cirurgia cardíaca fetal é crucial. Isso nos permitirá fazer muito mais, trazendo grandes benefícios na evolução de outros bebês e favorecendo uma melhor evolução pós-natal”, conclui o profissional.




