Tradicionalmente realizado há 23 anos, o Endometriose Rio teve sua edição-2023 nos dias 01 e 02 de dezembro, com os dois dias de atualizações acontecendo no Centro de Pesquisa Multiusuário (CePeM) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj). O encontro científico trouxe debates de temas atuais, discutiu condutas e apresentou projeções futuras de diagnóstico e tratamento.
Organizado e realizado pelo Ambulatório de Endometriose do Hupe, o Endometriose Rio contou com a presença de grandes nomes da ginecologia no cenário nacional e internacional. “A endometriose é uma doença de caráter progressivo que pode acometer diversos locais no corpo da mulher e, mais, se apresentar com sintomas distintos. Apesar de vir ganhando espaço na mídia, ela ainda é pouco conhecida e boa parte do que se sabe sobre ela são apenas teorias”, ressaltou o médico e professor Marco Aurelio Pinho, chefe da ginecologia no Hupe e coordenador do Endometriose in Rio.
Cirurgia robótica ao vivo
Os dois dias de atividades contaram ainda com discussões multidisciplinares que incluíram a participação de radiologistas, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, clínicos da dor e anestesiologistas, profissionais sabidamente necessários para uma melhoria na qualidade de vida das pacientes. Inclusive, durante o evento, o Dr. Marco Aurelio Pinho de Oliveira comandou uma cirurgia robótica ao vivo, cujo caso clínico ilustrava o tema central deste ano: “Endometriose e Nervos: Dor e Disfunções”.
O evento reforçou que, embora a ciência ainda não tenha chegado a uma conclusão sobre como evitar a endometriose, no entanto, ainda que sem garantia de que o problema não aparecerá, é possível apontar algumas medidas preventivas e tratamentos mais eficazes. Para isso, o caminho é divulgar conhecimento sobre a doença para profissionais da saúde. O auditório, repleto de olhares atentos e aplausos calorosos ao final das aulas, refletiu o sucesso do evento que, em 2024, seguirá por outros estados.