Hupe-Uerj completa 300ª cirurgia de seu Programa de Cirurgia Bariátrica

O Programa, vinculado ao Serviço de Atendimento Integral ao Portador de Obesidade (SAI-Ob) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj), realizou na quinta-feira, 27/07/2023, sua 300ª cirurgia bariátrica desde a retomada, em agosto de 2021. O objetivo é atender à população mais carente, lembrando ainda que a obesidade é uma doença grave.

Para os profissionais, uma grande alegria e satisfação constatar que estão conseguindo cumprir as metas propostas

Os profissionais do SAI-Ob fazem questão de destacar que a proposta não se restringe a ser apenas um hospital que faz cirurgia bariátrica, e sim atender o paciente portador de obesidade de uma forma integral, com olhar amplo e maior acolhimento. “É uma grande satisfação realizar a 300ª cirurgia. É um ponto de extrema importância para a saúde pública ter esse atendimento ao paciente com obesidade e que ele possa fazer o tratamento cirúrgico desta doença. Isso faz a diferença para esses pacientes, que têm em nosso hospital um diferencial de alta complexidade com uma equipe multidisciplinar e infraestrutura altamente qualificadas. Cada vez mais, estamos nos preparamos para oferecer essa assistência de excelência”, destaca Luiz Guilherme Kraemer de Aguiar, professor da Disciplina de Endocrinologia da Uerj e coordenador do Projeto.

 

Imagens da 300ª cirurgia bariátrica no Hupe – um tratamento com integralidade, para que o paciente possa seguir bem a sua vida

Caráter de vanguarda

Paulo Falcão, professor da Disciplina de Cirurgia Geral da Uerj e coordenador da área cirúrgica do Projeto ressaltou o caráter de vanguarda do SAI-Ob. “É um momento de reflexão, aonde percebemos o quanto esse projeto foi positivo no atendimento à população do Estado do Rio de Janeiro, além de formarmos profissionais com a mentalidade adequada à compreensão e acolhimento ao paciente portador de obesidade. E Isso é uma preocupação não somente do Hupe e Uerj, mas também da SES-RJ na busca por soluções de atendimento a um grupo de pacientes que apresenta uma faixa de obesidade ainda maior, com problemas de saúde mais complexos. Essa parceria permite um papel de vanguarda no tratamento e compreensão da melhor maneira de tratar e acolher essas pessoas”, frisou o cirurgião.

Os profissionais do SAI-Ob veem nas cirurgias sim uma das possibilidades terapêuticas, mas o objetivo principal é, através da multidisciplinaridade, cuidar com integralidade do paciente, mostrando que é possível perder peso, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e recuperar a qualidade de vida.

Uma nova vida

Pacientes, como a professora Luciana Melo de Moraes, têm a oportunidade de uma nova vida, com mais qualidade e melhora na saúde como um todo, após a cirurgia. Ela chegou ao Hupe no dia 30 de setembro de 2021, pesando 123 kg, com dificuldade para andar (muitas dores), hipertensa, com gordura acentuada no fígado, já uma pré-diabética, completamente sedentária, tomava vários medicamentos diariamente. E por estar muito acima do peso, teve que eliminar peso para fazer a cirurgia, tendo operado com 117 kg (Bypass). “A partir da cirurgia, minha vida mudou completamente. Em todas as consultas pós-cirurgia, por minha evolução, eu sempre recebia elogios de toda equipe. Os meses foram passando, passando e, hoje, com quase dois anos após, estou pesando 62 kg, tenho qualidade de vida. Faço musculação, participo de caminhadas, corridas… Uma vida tão diferente da que eu tinha antes. Que gratidão ao Hupe e aos profissionais que me acolheram! A sensação é única, inexplicável. Todos estão de parabéns e merecem um sincero agradecimento pelo trabalho feito!”, relembra Luciana, com alegria.

Este cuidado ao paciente obeso está sendo realizado no prédio do Centro de Pesquisa Clínica Multiusuário (CePeM), no Hupe-Uerj. O objetivo é ampliar mais a abrangência do tratamento, possibilitando-o a um número maior de pacientes da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro, que é a porta de entrada dos atendimentos.

A paciente Luciana (camisa branca) destacou que todos os profissionais que a atenderam souberam manter a confiança uns nos outros e nunca desistiram ou afastaram o olhar da meta – e isso foi determinante no êxito de seu tratamento