Sem pressão

Dia Mundial de Prevenção à Lesão por Pressão destaca a urgência de atenção a um dos principais problemas de saúde que impacta na qualidade de vida dos pacientes.

Quem tem ou teve um paciente acamado por longo período provavelmente já está familiarizado com o termo “lesão por pressão”. Para quem não sabe o que é, trata-se de qualquer ferida causada pela pressão contínua em determinada parte do corpo, ocasionada por muito tempo em uma posição. O que pode ocorrer com paciente acamado, sentado em cadeira de rodas ou leito. Conhecido popularmente no passado como “escara”, este dano, muitas vezes comum, pode e deve ser evitado. É este o alerta de prevenção que dá o tom para o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão, comemorado este ano na quinta-feira dia 18 de novembro.

No Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) a prevenção é um dos focos da equipe do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). Para a coordenadora do Núcleo, a enfermeira Luana Almeida, o fundamental é conscientizar a todos os profissionais de saúde para a implementação de medidas preventivas tais como avaliação diária da integridade da pele e do risco de lesões, mudança da posição do paciente regularmente, hidratação da pele e até a dieta ministrada. “A lesão por pressão representa um problema de saúde mundial e é considerado um evento adverso tendo impacto direto na qualidade de vida do paciente”, destaca.

 A enfermeira também enfatiza que a prevenção minimiza o risco de infecções nos pacientes e reduz o tempo de internação. “O que geralmente também diminui os custos hospitalares”, complementam as enfermeiras da Comissão de Curativos do Hupe e estomaterapeutas (especialistas em curativos) Graciete Marques e Dayse Nascimento.

Luana, Graciete e Dayse: Luta pela prevenção aos ricos de lesão por pressão.

Graciete e Dayse atendem a muitos casos de lesão por pressão também no Ambulatório Pós-Covid Hupe-Uerj. Graciete explica que este tipo de lesão foi bastante presente em pacientes vítimas do coronavírus, fosse pela questão de trombose, fosse por tempo prolongado de internação.

Um dos casos acompanhado pelas especialistas foi o de Wallace Pereira dos Santos, 35 anos. “Eu fiquei internado por 72 dias, vítima da Covid-19. Durante este período, eu tive algumas seqüelas com úlceras nos pés”, conta o paciente que após ter alta do hospital foi encaminhado à Comissão de Curativos para tratamento das lesões. Além da prevenção, o Hupe também está preparado para o tratamento clínico das feridas e lesões do gênero. Tanto que a Comissão recuperou a lesão considerada grave nos pés de Wallace. “E hoje estou tendo alta”, comemora o paciente.