Uma tarde leve, com muita troca de informações, atualizações e experiências sobre a doença de Parkinson. Assim foi o Encontro “Viver Bem com Parkinson – trocando experiências e provendo bem-estar”, realizado na sexta-feira, 21, no anfiteatro Ney Palmeiro, no térreo do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe/Uerj).O Encontro foi promovido pelo Serviço de Neurologia do Hupe/Uerj, e pensado, especialmente, para pacientes, cuidadores e acompanhantes, criando um espaço de troca onde informação acessível e de qualidade se uniu à experiência de quem vive a rotina da doença de Parkinson.

No início do evento houve a entrega de uma placa ao professor Marcelo Bezerra, chefe do Serviço de Neurologia, pela dedicação, inspiração e atuação, por longos anos, na formação de muitos neurologistas. “Ter acompanhado tanta evolução e ver hoje resultados inovadores nos pacientes nos traz muita felicidade, nesta Casa em que estou há 50 anos. A nossa vida, foi lidar com pacientes de Parkinson”, ressaltou, emocionado o professor Marcelo Bezerra, ao receber a homenagem pelas mãos de Mariana Spitz, também professora de Neurologia.

Nova perspectiva aos pacientes

Durante a tarde inteira, profissionais de saúde de diversas áreas estiveram reunidos para, através de rodas de conversas e palestras, compartilhar conhecimento prático e atualizado, ajudando pacientes e cuidadores a enfrentarem os desafios do dia a dia com mais segurança e bem-estar. Foram também abordadas dicas para o tratamento do Parkinson, como a necessidade de respeito à rotina e à dose de medicamento prescrita pelo médico.

Outra orientação foi o paciente anotar com antecedência sobre sintomas e dúvidas, para poder levá-las e dissipá-las junto ao profissional, na consulta. “É fundamental criarmos uma relação de confiança entre pacientes e profissionais. O médico só pode te ajudar se você contar o que está sentindo”, disse a neurologista Bárbara Panichelli, uma das organizadoras do evento.

Força da multidisciplinaridade

Além da Medicina, profissionais de outras áreas, como Fisioterapia, estiveram falando da importância de exercícios físicos. Na área de Nutrição, por exemplo, foram dadas orientações para alimentação. O Serviço Social também fez parte da programação, informando sobre os direitos essenciais que as pessoas com Parkinson têm na Saúde, Previdência, Assistência Social e com relação às isenções tributárias.

Profissionais do Serviço também falaram sobre opções de tratamento para a doença de Parkinson, como a estimulação Cerebral Profunda (DBS); além de novidades, trazidas pela professora Mariana Spitz, na doença de Parkinson e o que vem por aí: estudos, novos dispositivos para tratamento, novas estratégias para diagnósticos, pesquisas e fatos novos que vem acontecendo no mundo, e que têm sido falados em congressos internacionais. Após as palestras, os profissionais responderam a algumas perguntas, esclarecendo dúvidas do público presente.

O Encontro foi um momento de compreender que a doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa, que ainda não tem cura, mas tem tratamento. Saber quando a cirurgia é ou não é uma boa opção. “O fundamental é conhecer as possibilidade de tratamento e reforçar que a equipe multidisciplinar está sempre lá para ajudar a decidir o melhor caminho”, destacou a neurologista Priscila Molina, em uma tarde de muita troca de experiências entre profissionais, orientações precisas para pacientes e, também, conselhos valiosos para cuidadores, pois é necessário estar bem para poder cuidar da pessoa com Parkinson.

O evento pode ser visto, na íntegra, através do canal do Hupe no YouTube.