Pacientes do Hupe recebem laringe eletrônica

Aparelho entregue aos pacientes é o mais moderno do mercado e permite a comunicação por pessoas que tiveram de retirar a laringe em decorrência do câncer

Um grupo de pacientes que é atendido no Centro Universitário de Combate ao Câncer (CUCC) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) teve uma surpresa muito especial na manhã da última quarta-feira (13/07): eles receberam uma laringe eletrônica. O equipamento entregue é o modelo mais moderno que existe no momento e tem a possibilidade de modulação, inclusive das emoções apesar da voz ser robotizada.

A laringe eletrônica é uma das alternativas de reabilitação fonatória para pessoa que foram submetidas à laringectomia total

Em muitos casos de câncer avançado de laringe, o tratamento indicado é a retirada total da laringe (laringectomia total) e, com isso, a pessoa perde a possibilidade de emitir som, ou seja, sua voz, devido a perda da prega vocal, órgão responsável por essa função. Desta forma, o paciente passa pela reabilitação vocal e existem três tipos de aquisição dessa voz alaríngea: uso da laringe eletrônica, voz esofágica e prótese fonatória.

Essa foi a primeira vez que um grupo de dez pessoas foi beneficiado com a disponibilização do aparelho

“Em nosso hospital, temos a oportunidade de doar uma laringe eletrônica para os pacientes logo após a cirurgia como forma de estabelecer uma comunicação de maneira imediata. Para isso, no período pré-operatório ele recebe orientações da fonoaudióloga quanto ao seu processo de reabilitação. Passado o pós-operatório, o paciente seguirá em acompanhamento individual e em grupo para que outras formas de reabilitação vocal possam ser adquiridas”, explica a fonoaudióloga Caroline Peixoto, que integra o Laboratório de Estudos e Assistência em Fononcologia do Hupe-Uerj.

A equipe do Centro Universitário de Combate ao Câncer organizou um arraiá para os pacientes que, além da entrega das laringes eletrônicas, contou com musicoterapia e comidas típicas

 

As fonoaudiólogas Caroline Peixoto (à esq.) e Ana Cristina Abreu integram o Laboratório de Estudos e Assistência em Fononcologia (Leafon/Hupe-Uerj)