Líderes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) estiveram conhecendo as instalações e o trabalho do Ambulatório Pós-Covid que completará em junho um ano de atendimento a pacientes que venceram a doença.
Nesta sexta-feira, 06/05, uma delegação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) fizeram uma visita às instalações do ambulatório Pós-Covid do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj). O grupo foi recebido pelo diretor do HUPE, Ronaldo Damião, e pelo Secretário Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, que apresentaram um panorama geral da estrutura montada em junho de 2021 e que até abril deste ano já registrou 30.330 atendimentos. A comitiva foi integrada pela líder técnica da OMS para Covid-19, Maria Van Kerkhove, em companhia pelo representante da OPAS e da OMS no Brasil, Socorro Gross, e pela coordenadora de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres da OPAS e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, Maria Almiron. O encontro também contou com a presença dos coordenadores do Ambulatório, a subsecretária de Saúde Claúdia Mello e representantes do Ministério da Saúde como o diretor de Articulação e Estratégia de Vigilância em Saúde, Breno Soares.
Durante o encontro, Ronaldo Damião, relembrou que o HUPE funcionou como Centro de referência no controle e tratamento da Covid-19 durante a alta da pandemia e foi a primeira unidade de saúde pública a abrir um espaço especializado para atender aos pacientes que se recuperavam da doença. Em quase um ano de funcionamento, foram mais 30 mil pacientes que passaram a ter suporte de diversas clínicas, e mais da metade contou, entre outras coisas, como apoio psicológico, de assistência social e principalmente a reabilitação da fisioterapia. Um aprendizado significativo na opinião do diretor. “É impressionante a recuperação do paciente que chega de cadeiras de rodas sem possibilidade de caminhar e três meses depois ele está correndo na esteira. Foi preciso mudar o conceito inicial de que este paciente pós-covid, após a alta, precisava ficar em casa. Hoje nós vemos que ele precisa é vir para a reabilitação. É fundamental este trabalho”, compartilhou Damião. O diretor enfatizou também o fato de o local servir de base para uma grande pesquisa de mapeamento pós-covid que acompanha hoje mais de 7 mil pacientes.
Neste sentido, o Secretário Alexandre Chieppe fez questão de ressaltar à comitiva que o Ambulatório Pós-Covid está instalado em um centro acadêmico, um pólo de aprendizado. O que, na opinião dele é indispensável até para se pensar políticas e financiamentos de ações futuras no estado. “Uma das principais funções aqui é (atender) mas também gerar conhecimento. Não só local, mas para o estado todo. A partir de então podemos pensar como vamos tratar este paciente e organizar a nossa rede para atender às necessidades pós-covid”, completou.
Após os relatos, a representante da OPAS e da OMS no Brasil, Socorro Gross, resumiu a sensação da equipe ao conhecer de perto a atuação do ambulatório Pós-Covid. “Estamos felizes por esta constatação. É impressionante o trabalho que vocês fizeram aqui. Nós estamos fazendo uma escuta de experiências que podem ser compartilhadas como resposta pós-pandemia no Brasil. Como o professor Damião disse, nós vimos o impacto dos sintomas da Covid Longa. E também vimos que este tratamento tem que ser integral, como vocês estão fazendo e apresentando aqui”, declarou.

Após a reunião, o coordenador de Assistência Médica do Hupe e um dos diretores do ambulatório, Rui de Teófilo e Figueiredo filho, juntamente com a equipe de coordenação do Pós-Covid acompanhou a delegação pelo s consultórios e espaços de reabilitação e pesquisa do local. “Dá para observar que é um trabalho impressionante que vocês estão realizando aqui. Dou parabéns a vocês e sou grata por compartilharmos esta experiência”, resumiu Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS para COVID-19.
