A tecnologia robótica em procedimentos cirúrgicos vem se tornando uma realidade na área da Saúde em diversas especialidades médicas, trazendo muitos benefícios para médicos e pacientes. Considerada uma técnica minimamente invasiva, com menos dor, ela propicia diagnósticos mais rápidos e descobertas de doenças ainda na fase inicial. O Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe-Uerj) atingiu, no dia 1º de setembro, a expressiva marca de 200 procedimentos cirúrgicos robóticos já realizados desde a inauguração do Programa de Cirurgia Robótica, em fevereiro de 2019. O objetivo principal é proporcionar tratamento de ponta aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo de forma mais humanizada e moderna, além da produção de conhecimentos científicos para treinar e formar profissionais especializados.
SEGURANÇA – A capacidade hoje do hospital universitário é de realização de duas cirurgias robóticas por dia. O procedimento em si é rápido, mas a colocação e preparação do paciente, assim como a reesterilização do material são ações demoradas. O equipamento, Robô modelo Da Vinci com plataforma Xi, pode ser utilizado nas áreas de urologia, cirurgia geral, cirurgia torácica e ginecológica. O diretor médico do Hupe, Rui de Teófilo e Figueiredo, ressalta que os grandes atrativos dessa tecnologia são segurança e precisão que rendem uma recuperação mais rápida, com menos dor. “O uso do robô favorece a realização de cirurgias de alta complexidade com maior segurança para o paciente e menor risco de complicações, além de permitir os movimentos com mais delicadeza. Este programa coloca o Hupe em nível de igualdade com as mais renomadas instituições no mundo”, afirma.
A tecnologia robótica tem boa indicação em cirurgias complexas, como em casos de câncer do endométrio, e extensas, como a da endometriose. Durante a cirurgia, um robô é controlado pelo médico, que garante a precisão, durante o procedimento. Monitores acoplados ao sistema possibilitam a visão da operação por toda a equipe médica – o que permite a participação do cirurgião auxiliar no procedimento. “Em relação à cirurgia convencional (barriga aberta) a robótica propicia recuperação mais rápida, melhor estética, menos dor e infecções. Em relação à laparoscopia convencional os resultados são semelhantes, já que também é uma cirurgia minimamente invasiva”, explica Marco Aurélio Pinho, Coordenador do ambulatório de endometriose do Hupe-Uerj. Ele destaca ainda que o cirurgião opera com mais conforto, com mais graus de movimentação das pinças e visão 3D, o que pode ser extremamente vantajoso em cirurgias grandes e que requerem maior plenitude.
BENEFÍCIOS – A robótica na medicina tem se mostrado, portanto, uma parceira de grande sucesso. Os aspectos positivos resultantes da utilização da tecnologia robótica vêm sendo muitos, entre eles, visão em 3D e alta definição, mais precisão, melhor ergonomia cirúrgica e menor tempo de recuperação. A tecnologia permite ainda a eliminação dos inevitáveis tremores das mãos do cirurgião e do assistente responsável por manejar a câmera. A estabilidade propicia intervenções mais precisas, o que representa uma questão de vida ou morte.
“O Programa de Cirurgia Robótica possibilita maior fluxo de leitos para o hospital devido à maior rapidez dos procedimentos. Com isso, atendemos melhor à população fluminense, com mais qualidade e excelência. O robô traz para o Hupe tecnologia, aumento do movimento cirúrgico e cirurgia de alta complexidade, que é o papel principal do hospital dentro da rede de saúde”, conclui Ronaldo Damião, diretor geral do Hupe. A marca de 200 cirurgias robóticas já realizadas pela unidade fica como um registro de que o SUS funciona bem com a união da tecnologia e profissionais capacitados e comprometidos.
Por Coordenadoria de Comunicação Social do Hupe/Comhupe - 2020